Runas, oráculo envolto em história e mistério

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Criadas por volta do ano 150 d.C, pela antiga população do norte da Europa, a runas são inscrições alfabéticas esculpidas à mão em ossos, metais e madeira. De origem germânica, a palavra “runa” significa “mistério”. Elas constituíam o único alfabeto dos povos nórdicos e tinham distintas funções, como, por exemplo, serem utilizadas como oráculo através de jogos, serem utilizadas como amuletos de proteção ou serem utilizadas para a escrita de poesias.

A mitologia das runas

Para os nórdicos, as runas foram um presente do deus Odin. Ele as teria obtido após nove dias/noites pendurado na árvore da vida. Foi após esse tempo, que segundo a lenda, o céu teria se aberto e as runas caíram em suas mãos.

Com a expansão do cristianismo por volta do século VI, as runas foram associadas à bruxaria e o alfabeto latino passou a ser utilizado. Durante o período conhecido como Idade Média, as runas foram proibidas pela Inquisição. Com o advento do período conhecido como Renascimento as runas retornaram e se popularizaram por meio das mãos de ciganos e de astrólogos.

Símbolo Autêntico Mágico Do Logotipo Da Ilustração Do Vetor Das Runas De  Futhark Ilustração do Vetor - Ilustração de futhark, ilustração: 102979136

Classificação das runas

As runas, denominadas Futhark, formam um conjunto com 24 peças divididas em três grupos de oito símbolos. As runas são sorteadas como um oráculo para realizar previsões. Algumas runas são lidas com significado diferente quando se apresentam invertidas.

Runas – Realizações físicas

O primeiro grupo de runas diz respeito às realizações físicas.

De acordo com informações da revista Mundo Estranho, ele é constituído pelas runas – algumas com duplo significado – na forma transcrita literalmente abaixo:

  • Fehu (O gado): riquezas materiais, sucesso e vitória. Invertido: impasses e derrotas.
  • Uruz (O touro bravo): sorte, crescimento, perseverança e progresso. Invertido: perdas e negativismo.
  • Thurisaz (Os espinhos): proteção divina e entusiasmo. Invertido: decisões precipitadas, cautela.
  • Ansuz (Palavras de Odin): sabedoria, inspiração e ouvir bons conselhos. Invertido: falta de comunicação, futilidade e esforço inútil.
  • Raidho (A carruagem): viagem, progresso em direção às metas. Invertido: rompimentos, fracassos e caminhos desagradáveis.
  • Kenaz (A tocha): renovação, novos começos e iluminação. Invertido: perda de prestígio social ou de posses, fim de ciclos.
  • Gebo (O presente): união, equilíbrio e bons negócios. Invertido: não tem posição invertida.
  • Wunjo (A alegria): bem-estar e evolução positiva. Invertido: infelicidade, crises e perdas.

Runas – Realizações emocionais

Já o segundo grupo refere-se às realizações emocionais, na forma transcrita literalmente abaixo:

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  • Hagalaz (O granizo): simboliza precauções, obstáculos e adiamento de planos. Invertido: não tem posição invertida.
  • Naudhiz (A necessidade): limitações e cautela com planos. Invertido: autocontrole e serenidade.
  • Isa (O gelo): concentração, paciência e equilíbrio. Invertido: não tem posição invertida.
  • Jera (A colheita do ano): recompensas, alegria e satisfação. Invertido: não tem posição invertida.
  • Eihwaz (O teixo): proteção, final de um ciclo e recomeço. Invertido: não tem posição invertida.
  • Perdhro (Algo oculto): ganhos inesperados, conhecimentos ocultos e espirituais. Invertido: desapontamentos, atrasos e traições.
  • Sowelo (O Sol): autoconhecimento, regeneração, sucesso e vitória. Invertido: não tem posição invertida.
  • Algiz (A proteção do alce): viagem, novos caminhos, alegria e progresso. Invertido: inquietação, vulnerabilidade e perigos.

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Runas – Realizações Espirituais

Por fim, o terceiro grupo refere-se às realizações espirituais, na forma transcrita literalmente abaixo:

  • Tiwaz (O deus Tyr): simboliza vitórias, honra e justiça. Invertido: problemas espirituais e desperdício de energia vital.
  • Berkana (O vidoeiro): renovação. Invertido: confusão, descrença, rompimentos e carências.
  • Ehwaz (O cavalo): mudanças, progresso e lealdade. Invertido: confiar e evitar agir.
  • Mannaz (O homem): integridade, fé e clareza espiritual. Invertido: falta de fé, bloqueios e inimigos ocultos.
  • Laguz (A água): intuição e poderes psíquicos. Invertido: pensamentos confusos, enganos e fracassos.
  • Inguz (A fertilidade): realizações, nascimentos, amor e sexualidade. Invertido: não tem posição invertida.
  • Dagaz (O dia): prosperidade, transformações positivas. Invertido: não tem posição invertida.
  • Othila (A herança): sabedoria ancestral, domínio, notícias distantes. Invertido: falta de clareza e certeza.

Como jogar runas

Se você possuir runas físicas, embaralhe-as, divididas por grupo, em uma sacola. Reflita sobre qual ponto da sua vida você quer receber uma orientação.

Retire aleatoriamente – sempre no sentido vertical – três runas, uma por vez.

Organize-as da direita para a esquerda, por ordem de retirada, com a face voltada para baixo.

Revele, uma por uma, a partir da direita.

A primeira runa dará pistas sobre o seu passado/situação atual.

A segunda vai indicar um caminho a ser seguido no presente para solucionar a sua questão.

E a última runa dará indícios sobre o que o futuro lhe reserva se você seguir o caminho sugerido pela segunda runa.

Conclusão

As runas te ajudam a identificar caminhos para sua vida, mas o ideal é sempre contar com profissionais experientes.

Se você tem dúvidas sobre sua vida amorosa, trabalho ou saúde entre em contato com nossos consultores para obter respostas mais assertivas.

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